quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Foi há pouco mais de dez anos que o diretor do filme [Madame Satã] Karim Ainouz descobriu o personagem, ao ler sua biografia publicada num volume da coleção "Encanto Radical", em um texto de Rogério Durst. Pesquisou muito - no Arquivo Nacional -, foi ao Nordeste, onde ele nasceu, visitou o túmulo de sua mãe. Queria entender essa figura a quem Noel Rosa, segundo reza a tradição, dedicou o samba Mulato Bamba. De toda a sua pesquisa deduziu que Madame Satã era um mitômano. "Construiu uma persona para si mesmo e ainda fez com que todo o meio no qual se inseria participasse do mito." - revela o diretor...
fonte: http://www.mood.com.br/3a13/sata.asp
Mulato bamba - Noel Rosa
Este mulato forte é do Salgueiro
Passear no tintureiro era o seu esporte
Já nasceu com sorte
E desde pirralho vive à custa do baralho
Nunca viu trabalho
E quando tira samba é novidade
Quer no morro ou na cidade, ele sempre foi o bamba
As morenas do lugar vivem a se lamentar
Por saber que ele não quer
Se apaixonar por mulher
O mulato é de fato
E sabe fazer frente a qualquer valente
Mas não quer saber de fita
Nem com mulher bonita
Sei que ele anda agora aborrecido
Porque vive perseguido sempre a toda hora
Ele vai-se embora
Para se livrar do feitiço e do azar
Das morenas de lá
Eu sei que o morro inteiro vai sentir
Quando o mulato partir dando adeus para o Salgueiro
As morenas vão chorar, vão pedir pra ele voltar
Ele então diz com desdém:
''Quem tudo quer, nada tem!''
fonte: http://www.mood.com.br/3a13/sata.asp
Mulato bamba - Noel Rosa
Este mulato forte é do Salgueiro
Passear no tintureiro era o seu esporte
Já nasceu com sorte
E desde pirralho vive à custa do baralho
Nunca viu trabalho
E quando tira samba é novidade
Quer no morro ou na cidade, ele sempre foi o bamba
As morenas do lugar vivem a se lamentar
Por saber que ele não quer
Se apaixonar por mulher
O mulato é de fato
E sabe fazer frente a qualquer valente
Mas não quer saber de fita
Nem com mulher bonita
Sei que ele anda agora aborrecido
Porque vive perseguido sempre a toda hora
Ele vai-se embora
Para se livrar do feitiço e do azar
Das morenas de lá
Eu sei que o morro inteiro vai sentir
Quando o mulato partir dando adeus para o Salgueiro
As morenas vão chorar, vão pedir pra ele voltar
Ele então diz com desdém:
''Quem tudo quer, nada tem!''